Cresci na Zona Norte de São Paulo. Na infância, queria ser inventor, criar coisas. Me lembro de criar paraquedas pros meus bonecos, fazer um círculo de fogo no chão com álcool. Chegava a assustar minha mãe com minhas invenções. Sempre gostei de computadores e desde os 12 anos já trabalhava consertando computadores de pessoas conhecidas.

Quando precisei começar a pensar em carreira, um tio que estava na área de Tecnologia da Informação me sugeriu esse caminho. Ele era minha principal referência negra como profissional e eu queria ser como ele quando crescesse.

Fui estudar Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Senac, mas confesso que não me identifiquei com a área de imediato. No começo, não fazia ideia do que estava fazendo, sentia que estava perdido entre os temas. Precisei correr atrás de livros para realmente ganhar confiança e entender para onde estava indo. Foi no meu primeiro estágio, pegando a programação na prática, que realmente me encontrei na área.

Atualmente trabalho para uma empresa estrangeira na área de tecnologia. Foram as pessoas que conheci ao longo do caminho que me levaram até onde estou hoje. Hoje, consigo me definir como um inventor.